segunda-feira, janeiro 04, 2010

Os poetas da terra, e não só, já podem começar a trabalhar nas obras com que vão concorrer ao VIII Jogos Florais de Aviz, como sempre organizados pela ACA (Amigos do Concelho de Avis - Associação Cultural).

Este ano o tema é o FUTURO e tem uma quadra (muito mal amanhada...) aqui da autoria do «je» como mote: Quem só vive do passado / E se vê tão inseguro / Dá presente envenenado / Aos que olham o futuro.

Espera-se, obviamente, que os concorrentes possam fazer bastante melhor...

Para consultar o regulamento basta escrever aí em cima http://www.aca.com.sapo.pt/. é tiro e queda.

***
Hoje, mas há 129 anos, aparecia nas bancas «O Século». Para a maioria dos leitores deste blog, isto pode não ter grande significado. No entanto, para mim, é algo muito importante: «O Século» - que, já agora, foi mandado fechar durante o PREC pelo secretário de Estado da Comunicação Social Manuel Alegre - era o jornal que o meu pai lia, e por via disso onde eu aprendi a juntar as primeiras letras.

De tradição Republicana, tinha grande aceitação na «província» por mor de ter uma grande rede de correspondentes que asseguravam as notícas locais, numa altura em que não havia noticiários de hora a hora nem nas rádios, nem nas televisões...

Também neste dia, mas em 1960, morreu o escritor Albert Camus, autor, entre outras, de obras como «O Estrangeiro». Tal como Saramago foi laureado com o prémio Nobel em 1957.

sábado, janeiro 02, 2010

As festas de passagem de ano correram dentro da normalidade.

O Cortesia Hotel estreou-se nestas andanças com casa cheia, mas a Casa do Benfica - decano na função - não ficou atrás.
A madrugada de dia 1 ficou marcada por um acidente de viação na estrada de Benavila, mas sem consequências de maior. O condutor ainda teve de se deslocar ao Centro de Saúde de Ponte de Sor, mas, depois de observado, saiu pelo seu pé.

Quem está a começar o ano em grande é o Grupo de Teatro Fazigual. Já escolheram a peça que vão encenar e encontram-se em fase de ensaios. O texto chama-se «O Apanha Bolas» e é da autoria de Rui Cardoso Martins (RCM).
Refira-se que RCM é natural de Portalegre, e recentemente esteve em Avis para participar no «Escritos e Escritores», uma iniciativa levada a cabo pela ACA (Amigos do Concelho de Avis).

quarta-feira, dezembro 23, 2009

De regresso...

Depois da extenuante actividade do período eleitoral, o maranhão aproveitou para fazer gazeta.

No entanto, fica prometido que no novo ano regressará com um novo figurino «editorial» que, esperemos, seja do agrado da maioria dos seus leitores.

Agora, resta-nos desejar boas festas a todos os que passem por aqui e, particularmente, aos nossos companheiros da blogosfera: Do Castelo, Desabafos e Portal Avis.

















Informar é preciso

Cerca de dois meses depois dos novos executivos autárquicos tomarem posse, eis que nos chegam os boletins da JF de Avis (à esq) e da CM de Avis (à dir.)

sábado, novembro 28, 2009

segunda-feira, novembro 16, 2009

quarta-feira, novembro 11, 2009


























Guardar instantes mágicos apenas com um clic, nem é fácil, nem está ao alcance de qualquer um.

O Ricardo Calhau, é um dos que tem esse «dom» de olhar, ver e registar aquilo que muitos de nós, por mais que olhemos, não conseguimos enxergar.

A prova disso são os prémios que já amealhou e as exposições em que já participou.

Aqui fica anunciada a próxima. Em Portalegre de 21 de Novembro a 11 de Dezembro.

sábado, novembro 07, 2009

Comunicação Social

Nem de propósito. Como se controla a Comunicação Social. Apenas um exemplo. clic para ver

sexta-feira, novembro 06, 2009

Notícias de aponte

O jornal cá da terra já saiu. Comprei-o, agora mesmo, na Celeste. Três textos merecem uma chamada de atenção: a) a entrevista do professor Sebastião* (uma análise nua e crua sobre o desaire do PSD nas autárquicas); b) a opinião de João Pedro Amante - candidato da CDU à CM de Ponte de Sor - sobre a influência dos media nas escolhas dos cidadãos; c) a opinião de Rui Barrento - candidato do PS à CM de Avis - a «anunciar» a vitória do PS para daqui a 4 anos.

Fora da política é de referir a reportagem sobre a iniciativa «Escritos e Escritores», organizada pelos Amigos do Concelho de Avis.

* a merecer um comentário mais substancial...

EXCLUSIVO

O próximo treinador do Sporting































E depois não querem que o homem se sinta perseguido...

Convenhamos que ele também se põe a jeito. Apesar das alegadas conversas com o Vara serem sobre a TVI (onde aliás o primeiro-ministro jurou a pés juntos que nunca tinha exercido qualquer tipo de pressão), a verdade é que numa edição da semana passada do jornal «i», já o seu nome aparecia citado no auto das buscas, por Lopes Barreira, um dos agora arguidos, que aduz ao seu conhecimento sobre o que se estaria a passar*.

* No dia 10 de Abril de 2009,pelas 11h03, lopes Barreira contactou telefoniamente Manuel Godinho dizendo-lhe que ia ter um almoço com Ana Paula Vitorino e acrescentando-lhe ter-lhe transmitido que o presidente do conselho de administração da REFER, E.P. constituía um entrave. Por fim, aduz ao conhecimento que Armando Vara, Mário LIno e José Sócrates têm do assunto.

quarta-feira, novembro 04, 2009













Elias, o sem abrigo (in, Jornal de Notícias. Anibal F. / R. Reimão)

segunda-feira, novembro 02, 2009

Operários da Delphi começaram a receber as cartas de despedimento.

ler aqui
O Programa de Governo e Avis

É hoje entregue, na Assembleia da República, o Programa do Governo para a próxima legislatura. Seguir-se-à, lá mais para a frente, a apresentação, discussão e votação do Orçamento de Estado, este sim, mais importante para o futuro imediato de todos nós.

No entanto, haverá desde já um ponto em que Avis, pode acalentar algumas expectativas: trata-se de ver o que prevê o Programa de Governo no que à Cultura diz respeito, e, particularmente, naquilo que tem a ver com a recuperação do património edificado, assunto da responsbilidade do Igespar.

Se houver uma manifestação de intenções e uma mudança de atitude no que estes casos diz respeito, pode ser que a nova ministra - Gabriela Canavilhas - se lembre do estado miserável em que se encontram as muralhas e alguns edifícios no seu interior e que são da responsabilidade do instituto que tutela e se empenhe pessoalmente na sua reabilitação.

Se tal não contecer não será, certamente, por desconhecimento. Esperemos que por uma vez, santos da casa façam milagres...

quinta-feira, outubro 29, 2009

terça-feira, outubro 27, 2009

DELPHI

A verdade é que nos próximos 4 anos não vai haver eleições...
24 . 24 . 24

Existem novas imagens no 24.24.24

Passem por lá é deixem os vossos comentários às fotos expostas.

sábado, outubro 24, 2009
























Bom dia, senhora ministra...

Nasceu nos Açores, mas está ligada ao Alentejo pelo casamento. Tem uma casa de fim-de-semana em Avis, e provavelmente agora, será vista mais amiúde por estas bandas.

Grabiela Canavilhas distinguiu-se como pianista, mas nos últimos anos deu nas vistas por desempenhar tarefas muito menos melodiosas: na sequência do descalabro existente na Orquestra Metropolitana de Lisboa, foi chamada a pôr a casa em ordem e, pelos vistos, até consegiu; depois disso, o apelo da terra fê-la aceitar o cargo de Directora Regional de Cultura no Executivo açoreano liderado pelo socialista Carlos César.

Sete meses após ter tomado posse em Ponta Delgada, José Sócrates «requisitou-a» para prestar serviço ao mais alto nível como ministra da Cultura do seu Governo minoritário. É uma das cinco mulheres que integram o Conselho de Ministros e um dos oito «independentes».

Se a sua permanência nos Açores a impediu, nos últimos tempos, de vir regularmente a Avis, certamente que o regresso a Lisboa lhe irá proporcionar mais fins-de-semana no recato do Alentejo.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Ranking de Escolas

Estes dados já têm uns dias, mas como não os vi comentados na blogosfera resolvi «postálos» aqui:

A Escola Mestre de Avis aparece colocada, no que diz respeito aos exames do 9º ano, no lugar número 425 entre os 1292 estabelecimentos de ensino - públicos e privados - onde eles se realizaram.

Digamos que os 46 alunos que fizeram as provas até nem ficaram mal classificados, visto estarem situados no primeiro terço da tabela.

Em relação ao Distrito de Portalegre, a Escola mais bem colocada é Marvão (14 alunos / 81º) seguida da Cristovão Falcão, de Portalegre (160 alunos / 146º) e de Castelo de Vide (25 alunos / 405º). A Mestre de Avis aparece logo a seguir com, como já escrevemos, 46 alunos e no 425º lugar.

Abaixo do lugar 1200 aparecem três escola do Norte Alentejo: EB2+3 de Elvas nº2 (109 alunos / 1271); EB2+3 de João Pedro de Andrade, em Ponte de Sor (42 alunos / 1264) e EB de Vila Boim (92 alunos / 1260).

sexta-feira, outubro 16, 2009

Baptista-Bastos e o «Prós e Contras»

«Ouvi, na segunda-feira, com surpresa e nojo, designarem-se, uns e outros, por «colegas». Quando entrei nos jornais ensinaram-me o seguinte: «Jornalistas são camaradas e tratam-se sempre por tu. Colegas são as putas». Ficou-me para sempre.»

quarta-feira, outubro 14, 2009

Uma achega para o trabalho do José Armando que pode ser visto aqui

Não haverá uma leitura séria dos resultados eleitorais sem se perceber a importância dos votos que «faltaram» em 2009 quando comparados com 2009 (-119).

Partindo do princípio que os eleitores tem comportamentos idênticos, seja qual for a sua área política (e este é um dos métodos geralmente aceites por quem faz estes estudos), este valor tem de ser repartido pelas forças em compita, tendo em conta a percentagem que vieram a alcançar.

No caso, 53,9% para a CDU (+-52); 33,5% para o PS (+-28); 8,6% para o PSD (+-7). O resto vai para os brancos e nulos que também contam.

Logo, aos resultados, positivos e negativos, dos partido há que «tirar» os respectivos valores: CDU perde «efectivamente» 122 votos (174 - 52); o PS ganha «efectivamente» 208 (180 + 28); o PSD perde «efectivamente» 120 (127 - 7).

A soma das perdas da CDU e do PSD excedem em 34 votos aquilo que o PS acrecentou à sua votação. Este excesso, foi para os brancos, nulos ou abstenção.

No entanto, os votos perdidos pela CDU e pelo PSD tem valores diferentes tendo em conta a diferença de score atingido por ambos em 2005, respectivamente, 1821 e 390.

terça-feira, outubro 13, 2009



Actualização e informação útil: Todos os números aqui citados referem-se às votações para a Câmara Muncipal (excepto, claro, a referência à Freguesia do Alcórrego). Não há, por isso, qualquer «mistura de órgãos»...

Quanto à transferência de votos de umas forças para outras, e ao número de eleitores, apenas apresento números. Cada um tem o direito de fazer a análise que quiser. Ou souber.


Ganhar perdendo e perder ganhando

Ninguém gosta de perder. Aliás, o costume em noite de eleições é toda a gente reclamar vitória. No entanto, não é esse o caso em Avis, ao contrário do que alguns comentários possam tentar fazer crer.

Vamos a números:

A CDU é o partido mais votado (1647) obtendo «só» mais 359 votos que o PS (1025) e o PSD (263) juntos;

Embora perdendo um vereador - por cerca de 100 votos - mantém a maioria absoluta;

Volta a vencer nas oito freguesias do concelho com maiorias absolutas;

Quem perdeu afinal ?

Desde logo o PSD. Tinha tido 390 votos em 2005 e, agora, perdeu cerca de um terço do seu eleitorado (263). Mas quem perde o que não tem...

E o PS, terá ganho ou perdido?

Sem dúvida que perdeu. Não conseguiu conquistar nenhuma das freguesias, mesmo aquelas onde a CDU se apresentou «fragilizada». Falo nomeadamente do Ervedal, cujo processo de constituição da lista foi no mínimo conturbado, e de Valongo, uma freguesia onde tudo podia acontecer, apesar do bom trabalho realizado pela actual Junta.

Mesmo no Alcórrego, onde, faça-se justiça, o cabeça de lista do PS, goza merecidamente de grande popularidade e a CDU tinha substituido o seu cabeça de lista por um jovem, a vantagem era tão grande que mesmo perdendo alguns votos (57 para ser exacto) foi suficiente para manter a maioria.

E a nível global limitou-se a «canibalizar» os votos do PSD, não conseguindo, mais uma vez, entrar no eleitorado comunista.

Votaram 3054 eleitores, menos 129 do que em 2005. A CDU obteve menos 174 votos, o PSD menos 127 e o PS somou mais 182. Acho que dá para perceber onde o PS foi «angariar» os seus.

Para além disso, como diz com graça um comentário no Desabafos, a CDU teve de lutar contra o apoio do Maranhão. É obra.

quarta-feira, outubro 07, 2009

É por amor, ou é por interesse?

Há gente que lida mal com a liberdade. Fala muito nela, mas quando aparece alguém que a usa para dizer o que pensa e não conseguem perceber porque é que esse alguém pensa o contrário de si, ficam baralhados e partem para o insulto gratuito e para a basófia sem graça.

No meu caso, não há razão para isso. Está tudo bem explicadinho no post que editei há dias. Se não perceberam, decerto que não foi por erros de ortografia ou gramaticais (fora alguma gralha que a todos acontece). A culpa, decerto, não é minha.

Aliás, não sou merecedor da atenção que me estão a dar. Não sou candidato e limito-me a exercer um direito que o 25 de Abril – lembram-se?!... – nos deu: liberdade de expressão.

Mas, para desdramatizar e porque acho que vem a propósito, posso contar aquela anedota de dois amigos que se encontram passado muitos anos sem se verem e que resolvem ir beber uns copos para comemorar o reencontro.

No decorrer da conversa descobrem que ambos já eram casados. Logo um, provavelmente, mais comprometido que o outro, pergunta:

«Diz-me lá, casaste por amor, ou por interesse?»
«Com essa é que me lixaste… pensando bem, devo ter casado por amor, que a minha mulher não me interessa para nada».

Ora eu - no que diz respeito às próximas eleições autárquicas - sinto-me em igual situação: como não tenho interesses a defender nem na Câmara, nem em Associações, Fundações ou outras coisas tais, devo gostar da CDU por «amor/convicção» já que por interesse, não é de certeza.

Oxalá que quem se sente incomodado com a minha legítima tomada de posição pública, pudesse dizer o mesmo.

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Ah! Estava-me a esquecer: vale mesmo a pena votar CDU

sábado, outubro 03, 2009

O método de hondt e outras contas

Não passa de um exercício, até porque todas as eleições são diferentes e a transferência de votos dos partidos que não concorrem às autárquicas não são lineares.

A título de curiosidade, se aplicarmos o sistema do método de hondt aos resultados das legislativas, em Avis, a CDU perderia o quarto vereador para o PSD.

CDU - 1215 – 607,5 – 405 – 303,7
PS - 718 – 359 – 239,3
PSD - 399

No entanto, os 236 votos obtidos pelo Bloco, os 107 do CDS, os 53 do MRPP (?), e os 13 do PPM… podem alterar, substancialmente, as contas.

Para além de que a CDU, historicamente, obtém melhores resultados nas autárquicas do que nas outras eleições.

A ter em conta também que a abstenção costuma ser muito inferior nas eleições locais.

Deixamos o mesmo exercício com os resultados das Europeias:

1129 – 564,5 – 376,3 – 282,2
396 - 198
266

Aqui a CDU mantém o seu quarto vereador

……………………………………………………………………………………………………………….

E quais são os desvios padrão de cada força entre em três eleições?

CDU – Euro 04 (1188) > Legislativas 05(1294) > Autárquicas 05 (1821)
PS – Euro 04 (658) > Legislativas 05 (1018) > Autárquicas 05 (843)
PSD – Euro 04 (332) > legislativas (426) > Autárquicas (390)

Nota:
A CDU é a única força que sobe sempre da primeira até à última eleição, nas seguintes percentagens: +8,9% > +40,7%
O PS sobe, habitualmente, nas legislativas mas desce nas autárquicas: +54% > - 17,2%
O PSD é o partido mais estável, mas mesmo assim com algumas oscilações: +28,3% > -8,5%

quinta-feira, outubro 01, 2009

















Há gente que nunca aprende...


As eleições legislativas foram no passado fim-de-semana e as autárquicas ainda não foram, mas há quem já esteja preocupado com as presidenciais que são daqui a uma ano.

E quem são eles? Segundo o I são os «soaristas» que só para não verem o Alegre em Belém até apoiam o Sampaio (ou o Gama...) seu antigo adversário dentro do PS.

Não é que eu esteja preocupado com o Alegre, que nisto de eleições «à segunda só cai quem quer», mas o que me parece mesmo é que com «tiros» destes, e sem a procura negociada de uma alternativa comum à esquerda, o que conseguem é preparar a cama para o Cavaco se deitar nela outra vez...

quarta-feira, setembro 30, 2009

O que disse Cavaco



Cavaco Silva, noutras ocasiões, tão parco em palavras, apressou-se, desta vez a esclarecer o povo sobre o «caso das escutas».

48 horas após os portugueses terem ficado a saber os resultados eleitorais que deram uma maioria relativa ao PS, veio, o Presidente da República, confirmar que, afinal, a «inventona» que os socialistas durante a campanha acusaram Belém e o PSD de terem montado, não é apenas uma: são duas.

A primeira surge com a notícia do Público a dar conta da desconfiança que havia no Palácio Presidencial em estarem a ser «escutados»; a segunda na divulgação do e-mail - escrito por um jornalista do jornal da Sonae - «plantado» no Diário de Notícias, alegadamente, para beneficiar o PS e «encostar o Presidente ao PSD e desviar as atenções dos temas que realmente importavam ao País».


Cá para mim estou esclarecido: estão bem uns para os outros.

segunda-feira, setembro 28, 2009

eleições legislativas '09

PS ................. 36,56% ...... 96 deputados
PSD .............. 29,09% ...... 78
CDS .............. 10,46% ...... 21
BE ................. 9,85% ........ 16
CDU .............. 7,88% ........ 15


Desta vez, aparentemente, se compararmos os resultados finais com a sondagem publicada abaixo, as diferenças não são significativas. No entanto, a confirmarem-se as previsões, hoje, o cenário político seria completamente diferente. Desde logo porque o PS e o BE, juntos, teriam maioria, coisa que não acontece e faz muita diferença...
Ao princípio da noite, os comentadores apontavam o BE como o Partido charneira do sistema político. Afinal, os partidos charneira são outros: o CDS, para uma solução à direita; e o PCP, para uma solução à esquerda. O resto é conversa.

Resultados no concelho de Avis

CDU ............ 1215 ........... (1294 em 2004)
PS ............... 718 ............ (1018)
PSD ............. 399 ............ (426)
BE ............... 236 ............ (138)
CDS ............. 107 ............ (74)



Começa hoje a campanha eleitoral para as Eleições Autárquicas. Por uma questão de lealdade para com os leitores do blog e em nome da transparência que se exige a quem pretende intervir na discussão dos problemas da comunidade, o maranhão declara o seu apoio à candidatura de Manuel Maria Coelho e à Coligação Democrática Unitária – PCP/PEV.Este apoio é ideológico, mas não só: resulta acima de tudo de um balanço pessoal do trabalho desenvolvido pela vereação cessante, incluindo o vereador da oposição.

Desde logo ideológico porque o autor desde espaço sempre se reclamou da Esquerda. Não da «esquerda democrática», ou da «esquerda moderna». Da Esquerda-Esquerda, a que não necessita de adjectivos para se justificar.

Da Esquerda que acredita que todos os homens nascem livres e iguais; da Esquerda que herdou e defende os valores da Revolução Francesa e do grito «Liberdade, Igualdade, Fraternidade»; da Esquerda que não precisa de ser «moderna» porque é dialética; da Esquerda que pode mudar de estratégia, mas não muda de princípios; da Esquerda que não defende o SNS na oposição e fecha hospitais e centros de saúde no governo; da Esquerda que defende a universalidade do ensino e não encerra escolas por razões economicistas; da Esquerda que luta e defende a Regionalização na oposição ou, porventura, no governo; Da Esquerda-Esquerda.

Nos últimos quatro anos - numa conjuntura particularmente difícil, não só pela crise internacional, mas também pelas políticas levadas a cabo pelo governo do PS contra o Poder Local – O município de Avis deu passos seguros na via de um desenvolvimento apoiado, essencialmente, na utilização sustentada dos recursos, na criatividade e inovação, na cultura, no património e no turismo.

No emprego substituiu-se a um Governo que despreza o interior e quem aí vive e trabalha criando, na medida do possível, postos de trabalho de forma a reduzir o impacto do desemprego no concelho.

Não se trata, como dizem alguns de forma maliciosa, de oferecer emprego em troca de votos. Trata-se de ser solidário para com aqueles que para além da força de trabalho nada mais lhes resta. As críticas deixam adivinhar o que aconteceria se a oposição fosse poder: mais desemprego, mais miséria, mais migração, menos pessoas, menos Avis.

A «fábrica do leite» fechou e, armados em virgens ofendidas, logo vozes se levantaram para acusar a Câmara de «nada ter feito para o impedir». Quem fez algo para a fechar foram os governos PS e PSD que subsidiaram, encorajaram e apoiaram a construção de uma nova unidade fabril no norte do país sem negociar a manutenção da Lactogal em Avis. Foi uma ajuda preciosa, digo eu...

No que à Saúde diz respeito, as novas regras de gestão hospitalar inventadas por este governo, também não nos favoreceram. Chegou-se ao cúmulo de ver o Centro de Saúde funcionar apenas com um médico...

Na ocasião, o líder da oposição avisense escreveu em a ponte uma das meias-verdades a que já estamos habituados: o município deixou fugir uma ambulância com médico e enfermeiro para Almodôvar. No entanto, a sua preocupação ficou-se por aí, já que em sede de Assembleia Municipal o PS/Avis votou contra uma moção a reclamar a presença de mais médicos. Ficámos esclarecidos. Os socialistas cá da terra metem os interesses partidários à frente dos interesses dos avisenses...

Mas terá andado o executivo apenas a tapar os buracos abertos pelo governo central? Não. A obra está aí para quem quiser ver. A primeira fase da requalificação da Cerca da Muralha foi concluída; o Jardim do Mestre está requalificado; o espaço do pelourinho e o Largo Serpa Pinto estão arranjados; a Cisterna Municipal foi inaugurada; a Arqueologia do concelho terá em breve um espaço próprio nas Muralhas do Convento: tudo isto e mais algumas coisas demonstram uma preocupação evidente em dinamizar o Centro Histórico da vila, núcleo urbano fundamental e cartão de visita do concelho.

A Feira Medieval, aproveita-se do espaço e já é um factor de atracção de muitos novos visitantes. Tem evoluído ao longos dos anos e, em 2009, provou que vale a pena fazer as coisas, com paciência, mas bem feitas.

A Feira Franca ganhou com a troca. Tem outra dimensão, dignidade e condições para quem lá trabalha ou para quem a visita; recuperou um espaço «devoluto» e, hoje, já não se ouvem os que puseram em causa a justeza da mudança.

Mas a intervenção no espaço urbano não se ficou pelo Centro Histórico. O Parque de Campismo foi requalificado; o Clube Náutico está de cara lavada; A EN244 tem nova iluminação, passeios, envolvente arbórea e ciclo-via; a ETAR foi desviada da entrada da povoação, a Escola junto aos correios foi requalificada...

O RAPID veio mexer com a vila durante uma semana e proporcionou aos jovens da terra contacto com novas realidades e formas de trabalhar na área da cultura.

Nas escolas, não foi preciso o Magalhães para que as nossas crianças soubessem o que era um computador pois a autarquia já as tinha devidamente equipado e, este ano, toda a rede escolar concelhia forneceu refeições aos alunos. Os pais dos alunos que frequentam o 1º ciclo do ensino básico foram aliviados do pagamento dos manuais escolares. Isto para não falar dos os tanques de aprendizagem e das ludotecas a funcionar em todas as freguesias do concelho.

Os espaços internet são uma realidade há muito presente e, no Centro Histórico, o município disponibiliza acesso grátis via wirless...

.........

Nem tudo começou nestes quatro anos e, certamente, nem tudo irá acabar nos próximos, mas uma coisa é certa, foram dados passos seguros rumo a um futuro com o qual concordo. Por estas e por outras, no próximo dia 11, voto CDU

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Em Portugal, por tradição – ao contrário de outros países como, por exemplo a Inglaterra ou os Estados Unidos – a imprensa não revela qualquer intenção de voto nos períodos eleitorais. No entanto, para mim, é um sinal de maturidade democrática e transparência a sugestão clara de uma indicação de voto. Pelo menos poupava-se o triste espectáculo com que o Diário de Notícias e o Público nos brindaram na última campanha....

sexta-feira, setembro 25, 2009

As sondagens valem o que valem e servem para o que servem.

Na minha opinião valem pouco, mas servem para condicionar o voto dos eleitores. A criação de expectativas é um expediente há muito utilizado em várias actividades, desde o marketing, à publicidade, passando pelo futebol e, claro está, pela política.

Perante uma «realidade futura» que nos é apresentada, somos levados – ou não – a intervir de forma diferente daquela que tomaríamos se não tivéssemos essa dita informação.

Mas vejamos um caso recente: a sondagem da Marktest nas vésperas das últimas eleições europeias. (entre parênteses os resultados finais)

PS - 36% .................... (26,5)
PSD - 31,9% ............... (31,7)
BE - 10,1 % ................ (10,7)
CDU - 9% ................... (10,6)
CDS - 6,1% ................ (8,3)

Como se pode verificar o grande vencedor nas sondagens (na realidade virtual), foi o grande perdedor nas urnas.Acresce que CDU e CDS – vá-se lá saber porquê – são recorrentemente «prejudicados» na votação virtual, conseguindo habitualmente, resultados acima dos que lhe estão destinados.

***

Hoje, mais algumas «realidades virtuais» foram dadas à estampa. Ficam aqui para comparar com a realidade. Esta é da Católica. Que Deus os ajude a acertar...

PS – 38% .............. (+1,5%)
PSD – 30% .......... (+3%)
BE – 11% ............. (+1,5%)
CDS – 8% ............ (-2%)
CDU – 7% ........... (-1%)

quinta-feira, setembro 24, 2009