quarta-feira, setembro 30, 2009

O que disse Cavaco



Cavaco Silva, noutras ocasiões, tão parco em palavras, apressou-se, desta vez a esclarecer o povo sobre o «caso das escutas».

48 horas após os portugueses terem ficado a saber os resultados eleitorais que deram uma maioria relativa ao PS, veio, o Presidente da República, confirmar que, afinal, a «inventona» que os socialistas durante a campanha acusaram Belém e o PSD de terem montado, não é apenas uma: são duas.

A primeira surge com a notícia do Público a dar conta da desconfiança que havia no Palácio Presidencial em estarem a ser «escutados»; a segunda na divulgação do e-mail - escrito por um jornalista do jornal da Sonae - «plantado» no Diário de Notícias, alegadamente, para beneficiar o PS e «encostar o Presidente ao PSD e desviar as atenções dos temas que realmente importavam ao País».


Cá para mim estou esclarecido: estão bem uns para os outros.

segunda-feira, setembro 28, 2009

eleições legislativas '09

PS ................. 36,56% ...... 96 deputados
PSD .............. 29,09% ...... 78
CDS .............. 10,46% ...... 21
BE ................. 9,85% ........ 16
CDU .............. 7,88% ........ 15


Desta vez, aparentemente, se compararmos os resultados finais com a sondagem publicada abaixo, as diferenças não são significativas. No entanto, a confirmarem-se as previsões, hoje, o cenário político seria completamente diferente. Desde logo porque o PS e o BE, juntos, teriam maioria, coisa que não acontece e faz muita diferença...
Ao princípio da noite, os comentadores apontavam o BE como o Partido charneira do sistema político. Afinal, os partidos charneira são outros: o CDS, para uma solução à direita; e o PCP, para uma solução à esquerda. O resto é conversa.

Resultados no concelho de Avis

CDU ............ 1215 ........... (1294 em 2004)
PS ............... 718 ............ (1018)
PSD ............. 399 ............ (426)
BE ............... 236 ............ (138)
CDS ............. 107 ............ (74)



Começa hoje a campanha eleitoral para as Eleições Autárquicas. Por uma questão de lealdade para com os leitores do blog e em nome da transparência que se exige a quem pretende intervir na discussão dos problemas da comunidade, o maranhão declara o seu apoio à candidatura de Manuel Maria Coelho e à Coligação Democrática Unitária – PCP/PEV.Este apoio é ideológico, mas não só: resulta acima de tudo de um balanço pessoal do trabalho desenvolvido pela vereação cessante, incluindo o vereador da oposição.

Desde logo ideológico porque o autor desde espaço sempre se reclamou da Esquerda. Não da «esquerda democrática», ou da «esquerda moderna». Da Esquerda-Esquerda, a que não necessita de adjectivos para se justificar.

Da Esquerda que acredita que todos os homens nascem livres e iguais; da Esquerda que herdou e defende os valores da Revolução Francesa e do grito «Liberdade, Igualdade, Fraternidade»; da Esquerda que não precisa de ser «moderna» porque é dialética; da Esquerda que pode mudar de estratégia, mas não muda de princípios; da Esquerda que não defende o SNS na oposição e fecha hospitais e centros de saúde no governo; da Esquerda que defende a universalidade do ensino e não encerra escolas por razões economicistas; da Esquerda que luta e defende a Regionalização na oposição ou, porventura, no governo; Da Esquerda-Esquerda.

Nos últimos quatro anos - numa conjuntura particularmente difícil, não só pela crise internacional, mas também pelas políticas levadas a cabo pelo governo do PS contra o Poder Local – O município de Avis deu passos seguros na via de um desenvolvimento apoiado, essencialmente, na utilização sustentada dos recursos, na criatividade e inovação, na cultura, no património e no turismo.

No emprego substituiu-se a um Governo que despreza o interior e quem aí vive e trabalha criando, na medida do possível, postos de trabalho de forma a reduzir o impacto do desemprego no concelho.

Não se trata, como dizem alguns de forma maliciosa, de oferecer emprego em troca de votos. Trata-se de ser solidário para com aqueles que para além da força de trabalho nada mais lhes resta. As críticas deixam adivinhar o que aconteceria se a oposição fosse poder: mais desemprego, mais miséria, mais migração, menos pessoas, menos Avis.

A «fábrica do leite» fechou e, armados em virgens ofendidas, logo vozes se levantaram para acusar a Câmara de «nada ter feito para o impedir». Quem fez algo para a fechar foram os governos PS e PSD que subsidiaram, encorajaram e apoiaram a construção de uma nova unidade fabril no norte do país sem negociar a manutenção da Lactogal em Avis. Foi uma ajuda preciosa, digo eu...

No que à Saúde diz respeito, as novas regras de gestão hospitalar inventadas por este governo, também não nos favoreceram. Chegou-se ao cúmulo de ver o Centro de Saúde funcionar apenas com um médico...

Na ocasião, o líder da oposição avisense escreveu em a ponte uma das meias-verdades a que já estamos habituados: o município deixou fugir uma ambulância com médico e enfermeiro para Almodôvar. No entanto, a sua preocupação ficou-se por aí, já que em sede de Assembleia Municipal o PS/Avis votou contra uma moção a reclamar a presença de mais médicos. Ficámos esclarecidos. Os socialistas cá da terra metem os interesses partidários à frente dos interesses dos avisenses...

Mas terá andado o executivo apenas a tapar os buracos abertos pelo governo central? Não. A obra está aí para quem quiser ver. A primeira fase da requalificação da Cerca da Muralha foi concluída; o Jardim do Mestre está requalificado; o espaço do pelourinho e o Largo Serpa Pinto estão arranjados; a Cisterna Municipal foi inaugurada; a Arqueologia do concelho terá em breve um espaço próprio nas Muralhas do Convento: tudo isto e mais algumas coisas demonstram uma preocupação evidente em dinamizar o Centro Histórico da vila, núcleo urbano fundamental e cartão de visita do concelho.

A Feira Medieval, aproveita-se do espaço e já é um factor de atracção de muitos novos visitantes. Tem evoluído ao longos dos anos e, em 2009, provou que vale a pena fazer as coisas, com paciência, mas bem feitas.

A Feira Franca ganhou com a troca. Tem outra dimensão, dignidade e condições para quem lá trabalha ou para quem a visita; recuperou um espaço «devoluto» e, hoje, já não se ouvem os que puseram em causa a justeza da mudança.

Mas a intervenção no espaço urbano não se ficou pelo Centro Histórico. O Parque de Campismo foi requalificado; o Clube Náutico está de cara lavada; A EN244 tem nova iluminação, passeios, envolvente arbórea e ciclo-via; a ETAR foi desviada da entrada da povoação, a Escola junto aos correios foi requalificada...

O RAPID veio mexer com a vila durante uma semana e proporcionou aos jovens da terra contacto com novas realidades e formas de trabalhar na área da cultura.

Nas escolas, não foi preciso o Magalhães para que as nossas crianças soubessem o que era um computador pois a autarquia já as tinha devidamente equipado e, este ano, toda a rede escolar concelhia forneceu refeições aos alunos. Os pais dos alunos que frequentam o 1º ciclo do ensino básico foram aliviados do pagamento dos manuais escolares. Isto para não falar dos os tanques de aprendizagem e das ludotecas a funcionar em todas as freguesias do concelho.

Os espaços internet são uma realidade há muito presente e, no Centro Histórico, o município disponibiliza acesso grátis via wirless...

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Nem tudo começou nestes quatro anos e, certamente, nem tudo irá acabar nos próximos, mas uma coisa é certa, foram dados passos seguros rumo a um futuro com o qual concordo. Por estas e por outras, no próximo dia 11, voto CDU

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Em Portugal, por tradição – ao contrário de outros países como, por exemplo a Inglaterra ou os Estados Unidos – a imprensa não revela qualquer intenção de voto nos períodos eleitorais. No entanto, para mim, é um sinal de maturidade democrática e transparência a sugestão clara de uma indicação de voto. Pelo menos poupava-se o triste espectáculo com que o Diário de Notícias e o Público nos brindaram na última campanha....

sexta-feira, setembro 25, 2009

As sondagens valem o que valem e servem para o que servem.

Na minha opinião valem pouco, mas servem para condicionar o voto dos eleitores. A criação de expectativas é um expediente há muito utilizado em várias actividades, desde o marketing, à publicidade, passando pelo futebol e, claro está, pela política.

Perante uma «realidade futura» que nos é apresentada, somos levados – ou não – a intervir de forma diferente daquela que tomaríamos se não tivéssemos essa dita informação.

Mas vejamos um caso recente: a sondagem da Marktest nas vésperas das últimas eleições europeias. (entre parênteses os resultados finais)

PS - 36% .................... (26,5)
PSD - 31,9% ............... (31,7)
BE - 10,1 % ................ (10,7)
CDU - 9% ................... (10,6)
CDS - 6,1% ................ (8,3)

Como se pode verificar o grande vencedor nas sondagens (na realidade virtual), foi o grande perdedor nas urnas.Acresce que CDU e CDS – vá-se lá saber porquê – são recorrentemente «prejudicados» na votação virtual, conseguindo habitualmente, resultados acima dos que lhe estão destinados.

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Hoje, mais algumas «realidades virtuais» foram dadas à estampa. Ficam aqui para comparar com a realidade. Esta é da Católica. Que Deus os ajude a acertar...

PS – 38% .............. (+1,5%)
PSD – 30% .......... (+3%)
BE – 11% ............. (+1,5%)
CDS – 8% ............ (-2%)
CDU – 7% ........... (-1%)

quinta-feira, setembro 24, 2009

quarta-feira, setembro 16, 2009

24 24 24

O prometido é devido. Mesmo incompleto aqui fica o resultado do desafio lançado pelo maranhão.

É já num blog aqui ao lado (é só clicar)