segunda-feira, abril 26, 2004

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Já lá vão quase três semanas que não posto aqui nada. Estou a ver que tenho de despedir o escriturário, ou então, aprender rapidamente a escrever para o poder dispensar. A verdade, é que sendo pouco tempo – três semanas – para mim é quase meia vida. Neste período aconteceram coisas muito importantes, entre elas, talvez a mais importante, é o facto de ter deixado de ser um menino-copo-de-leite. Eu explico: como já andava farto daqueles leites e papinhas que me administravam resolvi deixar de comer. É claro que caiu logo o Carmo e a Trindade. Pensaram logo que estava doente, que era dos dentes, que era da tripa, que era sei lá eu de quê... Nada disso, resolvi fazer greve da fome até me darem comida de gente. E não é que eles perceberam. Vai daí sopita e fruta (confesso que gosto mais da fruta...) aqui para o menino. Até que não é mau. Até durmo mais e melhor...

Mas não foi só na gastronomia que houve novidades. Fui tentar ver a inauguração do monumento ao 25 de Abril do Francisco Alexandre, mas como a coisa se atrasou um bocadito e eu estava com fomeca tive de ir a casa matar a malvada. O meu pai já me prometeu que depois passo por lá, mas já me foi dizendo que a peça explica e dignifica essa gloriosa data.

À tarde fui até ao auditório – agora baptizado Ary dos Santos – ver e ouvir o Jorge Palma. Foi o meu primeiro concerto e limitou-se a duas musiquitas. Mas gostei. Podem fazer mais, que eu gostei. Até dormi embalado ao som do «dá-me lume» e do «bairro do amor».

Ao almoço tinha estado na Muralha para ver a Mariana. Não a encontrei, mas tive a sorte de lá estar a Catarina que é uma espécie de salvadora e que assim que me vê pega-me ao colo. E isto de andar ao colo é que está a dar. Só não percebo é o que é que o meu pai quer dizer quando pica os dragões cá do sítio e lhes diz que se o Porto foi campeão é porque o levaram ao colo... É que na minha maneira de ver eles já são suficientemente cresciditos para poderem andar pelo seu próprio pé.

Ah. Já me estava a esquecer de dizer que no sábado vi os meninos da ludoteca apresentarem uma peça baseada num livro que eu conheço muito bem: Carlota e a Revolução dos Cravos. Fiquei espantado com a qualidade da actuação. Quando for maior também quero entar na festa...

domingo, abril 11, 2004

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Emprestei o nome do Blog aos meus pais para entrarem no rallye papper da Casa do Benfica. É claro que eu fiquei nas boxes, a dormir que nem um justo. Ou nem por isso que a Rita – que foi quem ficou a olhar por mim – foi bufar à minha mãe que eu tinha chorado um bocadinho. O meu pai já me deu um raspanete: «Se voltas a chorar meto-te no micro-ondas. A continuares com a choradeira, no próximo, já sei que a tua mãe não quer ir...» Não sei se o devo levar a sério, mas é melhor não arriscar.

Mas vamos ao relato dos acontecimentos: A equipa. Anibal, Rute, Joana e Kikos; O bólide. Citroen Picasso; A classificação, nono lugar.

Acho que a coisa até nem lhes começou mal, mas quando tiveram de ir à procura do pirilampo é que a porca torceu o rabo. Mais um bocadinho e tinham ido parar a Portalegre. Lá no meio do campo, perdidos na escuridão, tiveram a sorte de encontrarem os Bravos do Quintalão ( que conseguiram um honroso terceiro posto ) que os levaram quase ao colo até ao dito cujo pirilampo. Foi a sorte deles, se não ainda eram capazes de andar à procura do bicho... O meu pai está em broa com o Pedro. Até diz que outra coisa não seria de esperar de uma pessoa que nem sequer é do Benfica.

Mas o mais importante é que tudo correu muito bem. A organização está de parabéns e os vencedores também. Aliás, ia-me esquecendo de dizer que quem ganhou foi uma equipa de Benavila o que até nem me admira, pois o chefe trabalha nos correios: se ele não soubesse onde são as coisas quem é que havia de saber...

O prémio mais de equipa mais original foi para os Papa-léguas merecidamente. E Elas ganharam o prémio para a equipa feminina. Eles ficaram em primeiro e o Gang do Mercedes em segundo (assim é que está bem...). Pronto. Para o ano há mais!