quarta-feira, dezembro 31, 2008

Balancete diletante...

O fim-de-ano é propício a balanços. Correndo o risco de algumas omissões, passarei a destacar alguns aspectos positivos e negativos da nossa vivência comum, no ano de 2008.

com sinal +

Foram concluídas as obras (iluminação, passeios, rotunda, ciclo-via) na Estrada Nacional que atravessa Avis. Há quem não goste dos candeeiros públicos, mas a mim agradam-me. Gosto de coisas arrojadas...

A primeira fase das obras de requalificação da envolvente da Muralha foi concluída. É a parte boa, a má está mais abaixo...

Foi o ano 1 do Parque de Campismo (o ano passado não contou...) e conseguiu boas taxas de ocupação. Falta apenas quaquer coisa... é favor de ler na parte de baixo.

O Rapid foi um sucesso. Mexeu com a terra e conseguiu envolver muita gente nas suas actividades. Foram dias diferentes e viveu-se nas ruas uma animação pouco habitual. O espectáculo final foi bem conseguido.

Abriu um novo espaço comerístico: Aventuravis. A oferta, a este nível, deixava algo a desejar. O (bom) serviço prestado veio alargar as possibilidades para quem vive e trabalha por cá, mas também para quem nos visita.

Feira das Sopas. Foi apenas a segunda edição, mas, a par do Mercado dos Produtos, é sem dúvida um grande sucesso. Os professores e os alunos da Mestre de Avis estão de parabéns.

Apesar do pequeno atraso, o Hotel da Cortesia vai ser uma realidade em 2009. Como dizia o poeta «Venham Mais Cinco»...

A Farmácia de Avis mudou de local. É hoje um estabelecimento moderno e com condições melhoradas para quem lá trabalha e para quem tem que (infelizmente) lá ir aviar-se...

A ACA – Amigos do Concelho de Avis, comemorou dez anos cheios de vitalidade. Venham mais dez...

O 4º Encontro de Contadores de Histórias voltou a ter «casas cheias».

Foi inaugurada a Adega da Herdade de Fonte Paredes.

Foi lançado no mercado um vinho com o nome ALCÓRREGUS. Ganda pinga... (espero que esta linha dê direito a mais umas garrafitas...)

As crianças das freguesias já têm «direito» a almoçar na escola.

O Centro de Saúde perdeu um clínico. Não se perdeu nada, dizem uns... que pena, dizem outros.

Com sinal -

O Clube Náutico passou mais um ano fechado. Uma das zonas mais aprazíveis do concelho, voltou a estar a meio-gás. Podem existir razões para que tudo continue na mesma, mas ao menos que as digam...

O Clube de Futebol Os Avisenses vai de mal a pior. E os motards, também não passam de umas letras pintadas na parede...

A nova sinalização no Centro Histórico da vila – apesar de se aceitar no essencial – tem alguns «fundamentalismos» que não se justificam. Por exemplo: o acesso ao largo da Igreja deveria ser permitido nos dois sentidos. Não só por causa dos moradores, mas acima de tudo para facilitar o acesso em dias de casório, missas e velórios.

As obras na Cerca da Muralha demoraram muito mais do que estava previsto, com o inevitável prejuízo de quem ali trabalha e de quem ali se deslocava.

O Convento fechou. Ainda bem, dizem uns... Que pena, dizem outros...

A proibição de estacionar na Cerca do Convento não é razoável. Pelo menos por enquanto...

A Lactogal vai fechar. E a Delphi umas vezes fecha, outras vezes não...

Voltou a chover na Feira Franca. Ninguém tem culpa, eu sei, mas não se podia mudar a data... É que o investimento feito é enorme para ficar à mercê das intempéries.

O «Avis a Rasgar» não se realizou. Será que este ano vai ressuscitar?




terça-feira, dezembro 30, 2008

Mais um segundo

Silva Fernandes, crónica publicada in, Alentejo Popular, Dez. 08

Nem o mais pontual picuinhas se lembraria de protestar por causa de um mísero segundo, mas agora a situação é bem diversa: o ano de 2008, vai ter mais um segundo...

Tal é obrigatório para que os relógios atómicos de todo o Mundo acertem o ritmo pela rotação da Terra.

Para nós portugueses, será mais um segundo de Sócrates, e, convenhamos, um segundo, sendo pouco, neste caso, é muito.

Faz-me lembrar a gota de água que transborda o copo. É que, psicologicamente, não estou preparado para nem mais um segundo deste Governo.

Bem sei que as eleições legislativas ainda não estão marcadas, mas, de uma forma ou de outra, será sempre um segundo a mais.

Na vida, por um segundo se ganha, por um segundo se perde. Um acidente pode acontecer por um segundo de distracção. Podem dizer que segundo não é nada, mas a verdade é que é tudo. É o começo do tempo: 60 vezes um segundo é um minuto; 60 vezes um minuto é uma hora; 24 horas é um dia... Ou seja, segundo a segundo enche Sócrates o papo.

Cá por mim já decidi: vou começar o ano um segundo mais cedo. E, quando chegar a hora de votar, vou ter o gozo supremo de, naquele exacto segundo, votar de acordo com o tempo que se aproxima. Que é de luta, mas de confiança, num tempo novo.

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Uma coisa leva a outra...

Uma pequena notícia no site da Rádio Pax, de Beja, sobre as Árvores de Interesse Público, no distrito de Beja, levou-me a pesquisar se, no concelho de Avis, também haveria algum membro do Reino Vegetal «digno» dessa distinção.
E a verdade é que há. Não uma, não duas, mas três que foi a conta que Deus fez. Quem quiser ver mais pormenores pode clicar aqui, mas sempre posso adiantar que uma tem 100 anos, é um sobreiro e está em S. Martinho, na freguesia do Maranhão e as outras duas estão plantadas em Valongo: uma aroeira (ex-libris da terra) com 600 anos, e um freixo, na Fonte do Vale, com «apenas» 500 anos...

domingo, dezembro 21, 2008

Manuel Claudino

O senhor Manuel deixou-nos. À Nazaré, às filhas, aos netos e genros, mas também a mim, à R. e ao M.
Fazia-me lembrar o meu pai: tal como ele saiu cedo da terra para aprender um ofício; construiu uma vida a partir do nada; inventou uma família e cuidou dela; trabalhou, trabalhou sempre e, quando chegou a altura da merecida reforma, não foi a tempo da desfrutar.
Foi por causa dele – também por causa dele – que fui ficando. Apreciava a sua companhia e partilhou comigo o que sabia da vida. Não era apenas um amigo, era família sem o ser, o que até vale mais.
Não sou crente, mas nestas alturas gostava de ser. Só assim se faria justiça a uma injustiça tão grande – o Senhor Manuel, de certeza, iria para o paraíso, já que no Inferno andou ele, pelo menos, nestes últimos tempos.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Cavacas de Avis


Ingredientes:
150 g de farinha
1 dl de azeite
1 dl de aguardente (mal medido)
4 ovos
1 clara
100 g de açúcar

Confecção:
Peneira-se a farinha para uma tigela.Juntam-se-lhe os ovos e o azeite e bate-se muito bem a mistura com uma colher de pau ou à mão.Adiciona-se a aguardente e liga-se muito bem com o preparado anterior.Untam-se com azeite formas redondas, que se enchem até ao meio com a massa.Levam-se a cozer em forno quente.Depois de desenformadas pincelam-se com uma cobertura de açúcar, que se prepara batendo energicamente a clara com o açúcar.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

terça-feira, dezembro 02, 2008



















O Congresso do PCP visto pelo Bartoon

Casa Branca na TSF (clique para aceder à versão audio)

Rui Miguel Silva / TSF

Em Portugal, existem várias localidades com o nome de Casa Branca. Uma delas fica no Alentejo, no concelho de Sousel. A TSF foi ouvir o presidente desta casa branca portuguesa, que não tem gabinete para trabalhar na Junta de Freguesia e que se queixa da falta de água e esgotos num dos lugares da freguesia.
As semelhanças com a Casa Branca norte-americana são nulas. A Junta de Freguesia só tem três divisões e o presidente não tem sequer um gabinete para trabalhar.
Joaquim Manuel Pereira não pretende governar o mundo, apenas quer dar água e esgotos que faltam a 50 habitantes de um dos lugares da freguesia.
Na Casa Branca portuguesa vivem 1300 pessoas. A aldeia tem centro social, parque desportivo e duas colectividades, mas falta o emprego.
«A principal preocupação é o emprego. O Alentejo está a ser desertificado. Casa Branca não foge à regra. A juventude afasta-se, porque não há emprego», explica Joaquim Manuel Pereira.
O nome da freguesia estará relacionado com uma casa branca que ali.