quinta-feira, outubro 30, 2008

Caderneta de Cromos

Ofereci uma caderneta de cromos ao M. Confesso que há anos que não me lembrava de tal fenómeno que, quando éramos pequenos, estava associado ao ínicio das aulas, sempre a 7 de Outubro... Era nessa altura, que por cada um tostão (quanto é que isso seria agora em euros?!) recebíamos dois rebuçados embrulhados na cara de um qualquer jogador. Fazia-se a cola de farinha e iam-se juntando os «cromos» até a caderneta estra completa. O último rebuçado a ser comprado dava direito a bola de catchú para as pelejas no recreio (1ª e 2ª classes contra 3ª e 4ª). Ou seja: dois anos a perder, seguidos de dois anos a ganhar.
Voltemos ao M. Até aqui não ligava nada ao futebol. Dizia que era dos «vermelhos» por duas razões, para me agradar e por ser a cor do Faísca protagonista do filme Cars. Aliás, sempre gostou muito mais de riscar, colar e pintar, do que qualquer jogo ou brincadeira que puxasse mais físico.
Mas a coisa mudou. Agora, quando vê uns tipos no ecrã aos chutos na bola, vem logo perguntar quem é que está a jogar; não pára de insistir para que passe na Celeste para comprar mais cromos; e até já foi buscar «onze moedas» ao mealheiro para investir nos cromos...
Devo confessar que acho graça a este súbito interesse pelo Futebol. Mas não há bela sem senão: a primeira equipa a ficar preenchida foi o Leixões que, ainda por cima, tem um emblema «giro» e já deu para perceber que o seu coração - apesar de continuar vermelho - pode estar a ganhar umas riscas brancas.
Notícias do «café»

A Delphi, afinal, já não fecha em Dezembro. Ontem numa reunião com os trabalhadores a empresa informou que vão continuar em «morte-lenta», possivelmente, até ao fim do 1º semestre....

A entrega da obra do Hotel da Cortesia, por parte do empreiteiro, está ligeiramente atrasada, mas, diz quem sabe, dia 5 de Janeiro vai estar tudo a rolar sobre rodas e já com 50 clientes...

Seis miúdos de Avis e do Alcórrego foram contratados pelo Casa Branca para a sua equipa de futebol de escolinhas. O primeiro jogo treino é já este sábado, em Fronteira. Um dos treinadores é filho do senhor Marcelino que trabalha no Montinho...
Os «bonecos» do dia no Público, DN e JN




Coerente, mais coerente não há...

«Tal como a maioria dos portugueses, também eu estou profundamente desiludido com a nossa classe política que transformou o Estado e as autarquias num monstro com tentáculos enormes que esmaga, sufoca e asfixia todas as pessoas e empresas que têm a veleidade de querer viver fora da sua dependência. E se o PS é o pai biológico do monstro, o PSD é o seu pai afectivo porque sempre que esteve no poder alimentou-o e acarinhou-o como se fosse seu filho»
(...)
«O convite da comissão política de Abrantes do PSD [o filho efectivo do monstro] apanhou-me, por isso, completamente de surpresa. Como qualquer pessoa facilmente concluirá, a solução mais cómoda e inteligente seria recusar o convite. Mas havia um problema: se eu recusasse o convite, deixava de ter autoridade moral para continuar a pregar no deserto

Discurso de Santana-Maia Leonardo ao povo de Abrantes, ontem, 29 de Outubro, na sua apresentação como candidato à presidênci da Câmara de Abrantes na lista do PSD

sexta-feira, outubro 24, 2008

De repente perdi-me. Ou por outra, comecei a andar às voltas. Chego ao computador e ligo a internet. Salta-me o Sapo a dar as notícias. Lá, no sítio do habitual, estão os links que me fazem falta: JN, TSF, Lusa, RTP... As novidades são as do costume. Más. Ainda por cima as mesmas em todas as páginas. Por mais voltas que dê, as notícias repetem-se. Más. Desisto. Soletro com os dedos: p-o-o-l... poolman! O gajo é esperto, penso eu. Antes de escrever toda a palavra , já o «Acer» percebeu onde quero ir. Hoje, o J. deu-se ao trabalho. Postou o cartaz do «rally papper» do Saloon. Deve ser por o ganhar todos os anos... Ao lado lá está a mirar-me mais um botão: Do Castelo. Mais um clic. A "árvore" já desceu. Voltamos a ter poesia. Leio na diagonal e ouço coaxar. É o Sapo. Em cima, mostram-se os links do costume. Lembro-me, de repente, porque me sentei ao computador: tenho de trabalhar. Mas as notícias são as do costume. Más...

sábado, outubro 18, 2008

estória curta (4)

Hoje fui à Feira do Ervedal. Contaram-me que, este ano, a feira «calhou» no seu dia. Ou seja: tradicionalmente era sempre a 18 de Outubro. Depois as coisa mudaram e passou a ser em fim-de-semana certo. O tempo está de feição para que lá vá muita gente. Até o Lajeira por lá arribou, para além do senhor vereador e outros ilustres ervedalenses.

O puto quis andar no carrocel. Com muita pena minha, que o tentei convencer a andar nos carrinhos de choques para eu apanhar boleia. Ele não foi na conversa e trocou os encontrões da pista grande pelo carro de bombeiros do círculo ao lado.

A minha «antiga» terra não tinha feira. Tinha um mercado todas as quartas-feiras, com tudo e mais alguma coisa à venda, com ciganos e tendeiros, tal como aqui, mas não era uma feira.

Uma feira é – mais que um local – um dia. Um dia de reencontros como os que eu vi no café do Sérgio. Entre cunhados e primos, irmãos e genros que, por mor da «feira», foram à terra.

Infelizmente, para mim, trabalhei pouco tempo com o Carlos Pinhão. O jornalista de «A Bola» que dispensa apresentações, era aquilo que se pode chamar um «alfacinha de gema». Numa das muitas estórias que deixou publicadas em vários jornais, recordo-me de uma em que dizia que quando era criança de escola e o Verão chegava se sentia triste porque todos os seus amigos «iam para a terra» e ele, filho e neto de lisboetas, não podia fazer o mesmo.

É por isso que eu costumo dizer que sou de onde me apetecer. E hoje, durante umas horas, apeteceu-me ser do Ervedal...

sexta-feira, outubro 17, 2008

Estória curta (3)

Crianças e sopas são coisas que não ligam. Ou não ligavam. Teria para aí uns cinco anos quando me foi apresentada uma de favas ao jantar. O cenário era o mesmo de sempre: a mesa composta com a tradicional toalha aos quadradinhos, tinha ao centro o cesto do pão. Os pratos dispostos à volta eram levantados para serem servidos um a um que a panela fumegante estava ali mesmo ao lado, em cima do fogão.
Resolvi dizer que não gostava da ementa. «Vá lá, prova que vais gostar»... disseram-me ainda a boas. Que não, de certeza que não gostava, insisti a esticar a corda. A táctica da minha mãe foi mudando – da contenção passou ao ataque em menos de nada. «Só te levantas daí quando comeres». O ambiente estava a ficar quente e as favas frias. O meu pai, à cabeceira, terminou a janta sem uma palavra. Levantou-se e, como de costume, foi ler as notícias requentadas de um SÉCULO qualquer. Pensei que era o sinal para insistir: «Não tenho fome». Não pegou! «Fome arranja-se sempre»... Horas depois, com o sono aliado à casmurrice, tinha-se atingido o ponto de retorno. A palmada antecedeu a ordem de marcha para a cama «de barriga vazia». Devo ter pensado que tinha empatado o jogo: tinha levado uma «galheta» mas as favas continuavam no prato. Puro engano, ainda só estávamos no intervalo. De manhã, depois da passagem pela casa de banho, o leite e o pão com marmelada, tinham-se transformado em favas... Pensei rápido e percebi que ia perder um dia de brincadeiras a olhar para um prato de sopa. Resmunguei qualquer coisa, numa última tentativa para fintar as favas, mas lá acabei por comer. Tinha-me ido abaixo das canetas na segunda parte do jogo. O «adversário» era muito mais consistente.

***
Ontem fui à Feira das Sopas na sede do Agrupamento de Escolas Mestre de Avis. Provei três: canja de galinha, sopa da pedra e, claro, a do Alcórrego, o creme de alface com pão torrado e ovo batido. Todas boas, mas, claramente, a última bateu as outras aos pontos.

quinta-feira, outubro 16, 2008

Estória curta (2)

Por este dias, nos cafés da terra, as conversas acabam sempre na caça. Que é pouca, até um não caçador como eu já percebeu, mas que as estórias são mais que muitas, lá isso são. Hoje lembrei-me do Pirata, o cão do meu tio Bicho-da-Seda, de Salvaterra de Magos. Esperto que nem sei lá o quê... É preciso ver que nessa altura se caçava todos os dias. Amiúde, o meu tio, depois de um dia de trabalho em cima de tractores e ceifeiras, chegava a casa, pegava na espingarda e saía campo fora. O dito cujo Pirata que passava o dia na «boa-vida», se por algum motivo não estava no seu posto, assim que chegava vistoriava o sítio da arma e, na falta dela, corria em busca do dono. Eram muitas as vezes que o encontrava, até porque o tio Zé ia mais passeio do que propriamente em busca do jantar. Mas quando não o encontrava só voltava ao quintal depois de conseguir filar alguma peça para o dono – quase sempre uma galinha de água...
Hoje conheci a história do Benfica. Cão mais recente e, como tal, com outra instrução. Já era do tempo em que só se caçava à quinta e ao domingo. Segundas, terças, quartas, sextas e sábados não largava a dona. Seguia-a para todo o lado, à horta, à ribeira, à venda: por onde ela andasse, andava ele. Quintas e domingos é que não! Corria à procura do dono que tinha ido à caça. Ora aí está um cão, tão esperto, tão esperto que até sabia os dias da semana...
estória curta (1)

Içada por dois ébrios, a velha senhora é colocada em cima do banco de cozinha. A muleta em que se apoia, no caso, só atrapalha. O receio está-lhe na cara, bem como o cansaço. São cinco horas da manhã, de um primeiro dia do ano. Dona Alzira olha à volta e, a medo, diz: «gosto muito de todos».
Os três segundos de silêncio que se seguiram, foram reveladores, mas os aplausos impediram qualquer tipo de reflexão sobre o que tinha acabado de dizer - «gosto muito de todos»!Ninguém duvidada da sua sinceridade, mas mais alguém ali presente poderia proferir o mesmo sem se estar a enganar? Não creio. Foi o que todos pensaram nesses três longos segundos de silêncio...
Pode alguém ser quem não é?

Faz-me impressão ver gente em bicos de pés. Literalmente. Mas gosto de reconhecer o sucesso nos outros. A felicidade deles é a minha felicidade. Lembro-me sempre de uma colega que aos 30 anos, empregada de limpeza na Amadora, divorciada e com duas filhas a cargo, resolveu «tirar» o segundo ano do ciclo. Ainda não tinham inventado as «Novas Oportunidades» mas ela aproveitava as quatro horas de caminho diário – morava na Moita – para ler os livros... Nunca mais parou, formou-se em Direito alguns anos depois.

Duvido que o Ronaldo conseguisse «tirar» o 9º ano, quanto mais ser o «melhor do Mundo»...

segunda-feira, outubro 06, 2008

Associação Nacional de Direito ao Crédito

Este fim de semana, teve lugar em Avis, discretamente, uma contecimento que pode ser útil para muita gente. O núcleo duro da ANDC, escolheu a vila para dois dias de debates acerca da sua actividade, num ambiente descontraído e, aproveitando para usufruir da calma alentejana.
Contaram com a prestimosa ajuda da Junta de Freguesia de Avis - que lhes cedeu as instalações para as reuniões - e passeram anónimos pelo centro histórico. Aproveitaram para se pôr a para da gastronomia local, desde as migas, à sopa de ossos, aos pézinhos de coentrada, etc e prometeram voltar. Era bom que voltassem, até porque poderia ser útil para muita gente.
veja o site deles.
A estância de turismo do Tarrafal versus O Campo da morte lenta

este post é para um amigo que anda convencido que os deportafos iam para cabo-verde de férias. Depois posto mais...

Palavras de João Faria Borda (já falecido), um homem que passou dezasseis anos e três meses no Campo da Morte Lenta.

«O campo de concentração era um rectângulo (cerca de 250m por 180) situado num dos sítios mais insalubres do arquipélago de Cabo Verde. Como alojamento existiam umas barracas de lona onde eram metidos cerca de 12 presos em cada uma.As casas de banho não existiam. Havia apenas uns sanitários – toscos muros de tijolo com uns buracos no chão e umas latas de gasolina para as necessidades.Como cozinha existia um telheiro com uns muros por onde a poeira entrava aos montes. Dois indígenas faziam a comida. A alimentação era péssima – havia ocasiões em que era necessário pôr bolas de algodão no nariz pois o cheiro da comida impedia que ela entrasse no estômago.Não havia água potável. Só existia água num poço a cerca de oitocentos metros do campo, água salobra que os presos transportavam em latas de gasolina. Mesmo assim era má e em pequena quantidade, não chegando para a higiene. Tomava-se banho com um único litro de água despejada de uma lata onde eram feitos uns buracos para o efeito.»
«O primeiro director do Tarrafal foi Manuel Martins dos Reis, capitão gatuno e paranóico, vindo da Fortaleza de Angra do Heroísmo. Este director “entretinha-se” a roubar as coisas que os familiares dos presos, com sacrifício, mandavam, desculpando-se que tudo aquilo era enviado pelo Socorro da Marinha Internacional. Chegou mesmo a montar uma pseudo cantina onde vendia as coisas roubadas.Mal desembarcámos começámos imediatamente a trabalhar. Transportávamos pedras, sob vigilância constante dos guardas.Em Cabo Verde, região de clima variável, calhou chover bastante nesses anos. A lona das barracas apodreceu de tal maneira que lá dentro chovia como na rua e de manhã acordávamos com a cara negra da poeira que se pegava à humidade que sobre nós caía.As águas acumuladas formavam pântanos onde se desenvolviam mosquitos transmissores do paludismo. A saúde de todos nós, presos, arruinava-se.Caíamos atacados da doença chamada biliose. Sem fornecimento de medicamentos e com um médico que era um patife da pior espécie, em poucos dias morreram sete camaradas. Em cerca de uma média de 200 presos era vulgar, em certas alturas, apenas dez andarem a pé.»
«Os escândalos da actuação do primeiro director levaram à demissão deste. Foi substituído por João da Silva, acompanhado pelo fascista Seixas.Estávamos em 1938/39. A guerra civil espanhola terminava com a vitória do fascismo. O ditador português Salazar tinha contribuído, apoiando com o envio de géneros alimentícios e de homens, os quais ficaram conhecidos pelos Viriatos. Hitler tinha subido ao poder em 1933. Na Itália existia Mussolini. A situação no campo do Tarrafal, reflexo da situação política internacional caracterizada pela ascensão do fascismo, agrava-se terrivelmente.João da Silva dizia frequentemente: “Quem está aqui é para morrer!”Com este director começou a funcionar sistematicamente a célebre tortura conhecida por “frigideira”. Todos os dias eram para lá atirados presos e eu também por lá passei algumas vezes.»
Há quem não preste, e quem não preste para nada...

É por estas e por outras que os benfiquistas têm grande relutância - para usar uma escrita políticamente correcta - em ter uma ponta de simpatia pelo Sporting. É claro que falo por mim, já que conheço muito lampião que é capaz de carpir as mágoas dos lagartos. A mim não me convencem. São com o o Sócrates, nunca me enganaram...
Vem isto a propósito do triste resultado do SCP, 1 - FCP, 2 de ontem em Alvaláxia. De facto a primeira parate bem parecia um jogo de outro planeta de tão tal estava a ser jogado. Mas isso é o menos: quando, os sportinguistas, tiveram hipótese de servir para alguma coisa ao Glorioso (ou seja, ganhar ao FCP e entreabrir as portas do primeiro lugar ao Benfica...) o que é que fizeram? nada! Melhor: menos de nada. Já não tenho dúvidas há quem não preste, mas o slb não presta para nada...

domingo, outubro 05, 2008


Coisas estranhas na blogosfera avisense, ou «o post fantasma».


Quem aceder ao regressado justiça seja feita2 depara-se com um novo visual, e até outras funcionalidades como, por exemplo os «alertas» para os posts editados em alguns blogs cá do burgo.
Estranho é que um desses «alertas» a dar notícia de um assalto de que o Saloon teria sido alvo, apesar de servir de atalho para o blog em causa - Tudo e mais alguma coisa em... Avis - não leva à notícia lá revelada.
Das duas uma: ou o autor do «Tudo e mais» apagou o post respectivo ou, o autor do «justiça» consegue fazer links para posts fantasmas...

Que é estranho, lá isso é.

sábado, outubro 04, 2008




Dinis Machado faleceu (ou terá sido Dennis McShade?...)


Sempre gostei de comprar livros nas barraquinhas de segunda mão. O vício deve-se-me ter pegado na «Galileu», em Cascais, mesmo ali ao lado do Santini, onde, na rua, no alpendre me frente à montra da livraria, estavam sempre em exposição várias centenas de títulos a preços de saldo.
Comprei aí grandes preciosidades por tuta e meia. Muitos policiais ao peso e clássicos da literatura a bom preço e que ficam bem em qualquer biblioteca. Confesso que muitos deles acabaram nas estantes sem serem lidos, mas toda a gente sabe que há no mundo mais livros do que horas para os ler... alguns têm infelizmente que ficar para trás.


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Vem isto a propósito da morte de Dinis Machado, autor consagrado de «O Que Diz Molero», jornalista da geração boémia do Bairro Alto, fumador compulsivo de cigarrilhas, bebedor de quase tudo, apreciador do que há de bom na vida, sejam copos, conversas, filmes, banda desenha ou mulheres. Lindas de preferência.


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Nos anos 80 - trabalhava eu na Avenida da Liberdade nos semanários JL e O Jornal - o Parque Mayer, apesar de mal ainda funcionava. Ao almoço os dois ou três restaurantes ainda serviam refeições e os comensais das redondezas aproveitavam os dias de bom tempo para almoçarem ao ar livre. O nosso grupo tinha mesa «marcada» no Pierot, mesmo junto à barraquinha de livros em segunda mão que por lá existia.
Era certo e sabido que a refeição não acabava com o café e o digestivo, só era dada por terminada depois de mais uma mirada às «novidades» do quiosque - algumas delas com mais 50 anos...
Do grupo fazia parte à vez o José Carlos Vasconcelos, o José Jorge Letria, o Viriato Teles, o Miguel Eduardo Serrano, o Rogério Rodrigues, só para citar alguns...
Numa dessas visitas saltou-me à vista a 1ª edição de «A Mão Direita do Diabao», de Janeiro de 1967, da coleção Rififi, da editorial Ibis, assinada, em estrangeiro por Dennis McShade - Nada mais, nada menos que Dinis Machado.

De regresso à redaccão, dei-me ao trabalho de folhear o livro e a surpresa aparareceu na quinta página: «Ao Sr. Jaime - que possibilitou o contacto de Maynard com o homem da rua - a gratidão do Dennis MacShade».
Ainda estou para saber o que levou este Sr. Jaime a desfazer-se de um objecto que, já na altura seria, certamente, um livro muito procurado e ainda por cima com dedicatória. Eu que o comprei por 5 escudos (2 cêntimos e meio) por nada deste mundo me desfazia dele.